Segundo a definição que nos dá o Catecismo da Igreja Católica :

Muitas vezes o Antigo Testamento nos aponta a Incredulidade do Povo Deus a quem chama rebelde :
- Sim, desde que vos conheço, fostes sempre rebeldes ao Senhor.(Deut.9,24).
No Novo Testamento Jesus queixou-se da Incredulidade do povo até perante os Seus milagres :
- Ai de ti, Corozaim! Ai de ti Betsaida ! Porque, se os milagres realizados entre vós, tivessem sido realizados em Tiro e Sidónia, de há muito teriam feito penitência… (Mat. 11,21).
Parte do capítulo 12 de S. João ( de 37 a 40 ) nos fala na Incredulidade dos Judeus :
- Embora tivesse feito tantos milagres na sua presença, não acreditavam n’Ele. (Jo.l2,37).
No juízo final será condenada a Incredulidade a que se refere o Catecismo da Igreja Católica :
678. - Então será condenada a incredulidade culpável que não teve em conta a graça oferecida por Deus…
Podemos dizer que a Incredulidade é também uma forma de Ateísmo.
Até ao aparecimento do Agnosticismo, o termo Ateísmo referia-se a todos aqueles que acreditavam e afirmavam que se não podia provar a existência de Deus.
Tradicionalmente há, portanto, três espécies de Ateístas :
- Materialistas, Agnósticos filosóficos e os Panteístas.



Os positivistas lógicos, são muitas vezes Ateístas materialistas, porque eles mantêm a opinião de que qualquer asserção a respeito de Deus, não tem sentido, e acreditar em Deus não é uma garantia.
Muitos dos Ateístas contemporâneos são de um Ateísmo prático e não especulativo, com a excepção do Materialismo dialéctico, que é explicitamente Ateísta.
O Ateísmo pode ser culpável quando uma pessoa rejeita deliberadamente provas persuasivas da existência de Deus.
O aumento notório de pessoas que modernamente professam o Ateísmo (considerando-o verdadeiro, um dos mais óbvios “sinais dos tempos”) pode ser atribuído ao cinismo, à opressão e às imposições dos sistemas religiosos deformados que caracterizam a era moderna.
Contribuíram para este estado de coisas, as obras literárias do século XIX, de Hegel, Marx, Engels, Comte, Schopenhauer, Nietzsche, e outros.
Os chefes responsáveis da Igreja Católica, constantemente se têm imposto contra o mal e os perigos do Ateísmo, por todos os meios ao seu alcance.
No último século XX, cinco Papas se pronunciaram contra o Ateísmo, incluindo o actual Papa João Paulo II.
O Concílio Vaticano II tratou do assunto muito em particular com a Constituição Pastoral a Igreja no Mundo moderno.
O mesmo Concílio apresenta algumas formas de Ateísmo dos nossos dias :
1)- Não se acredita em Deus porque Ele é um grande mistério …
2)- Demasiada confiança nos métodos científicos, sobre a fé e a revelação.
3)- Um Humanismo que leva os seres humanos até à exclusão de Deus.
4)- Ideias falsas a respeito de Deus e da religião.
5)- Protesto contra a verdadeira existência do mal.
6)- A vida fácil orientada apenas para os prazeres e os bens materiais.
7)- Imoralidade e maus exemplos dos que se dizem católicos, ou que, pelo menos, frequentam a Igreja.
Duas noções perfeitamente Ateístas que comprometem o estilo de vida das pessoas :
- Uma é que a fé e a dependência de Outro, aparece como qualquer coisa que está em contradição com a verdade humana, a liberdade e a independência.
- A outra é a de que a crença em Deus e os sistemas religiosos são apontados como uma espécie de droga – ópio – que induz as pessoas para uma esperança simplista num futuro irreal e uma eternidade incerta ou mal compreendida.
E ainda o Concílio Vaticano II apresenta dois remédios contra o Ateísmo :
1)- Mostra claramente que a Fé Cristã não tira a liberdade humana nem ultraja a dignidade e os direitos humanos.
2)- Os membros da Igreja são testemunhas da mensagem diária do Evangelho, proclamam os ensinamentos cristãos e encorajam o Povo de Deus a praticar a justiça, o amor e o perdão.
A Igreja também recomenda um diálogo sincero e prudente sobre o Evangelho, sobre os problemas sociais e económicos que impedem o desenvolvimento humano e exercem enorme pressão nas pessoas de hoje.
Quando os Membros da Igreja, voluntariamente se alheiam dos ensinamentos cristãos ou ensinam doutrinas erradas, ou são deficientes na sua vida moral, social e religiosa, estão a dar uma falsa imagem da autêntica face de Deus e da Religião, como diz o Catecismo da Igreja Católica :
2123. - Muitos dos nossos contemporâneos não atendem a esta íntima e vital ligação a Deus, ou até a rejeitam explicitamente; de tal maneira que o Ateísmo deve ser considerado entre os fatos mais graves do tempo actual.(GS 18 §1).
Na prática, os Ateístas confessos, ao pretenderem negar a Deus, confessam a sua existência, porque ninguém pretende negar o que não existe.
Mas ser Ateísta confesso é simplesmente ter medo de que Deus possa existir para seu desconforto e para condenação da sua vida e das suas atitudes.
Afinal só é verdadeiramente Ateu (isto é sem Deus), aquele que nunca teve a graça de ouvir falar de Deus e desconhece a sua existência.
A doutrina da Incredulidade e do Ateísmo faz parte do 1º Mandamento.
Vem a propósito falar de Incredulidade, para nos pormos um pouco no lugar de Tomé, para, como ele, reconhecermos os nossos erros e termos como ele a coragem de poder confessar : Meu Senhor e Meus Deus.
fonte: universo católico.
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